I. LINGUAGEM, COMUNICAÇÃO E
INTERAÇÃO
Literatura é linguagem, é a arte da palavra.
A comunicação ocorre quando interagimos com outras pessoas utilizando
linguagem.
Linguagem: palavras, gestos, movimentos, expressões corporais e faciais.
Linguagem é um processo comunicativo pelo qual as pessoas interagem
entre si.
Linguagem verbal: palavra (falada ou escrita).
Linguagem não-verbal: música, dança, mímica, pintura, fotografia,
escultura...
Linguagem mista: história em quadrinho, cinema, teatro, programas de TV...
Linguagem digital: informações em meios eletrônicos (computador).
Interlocutores
são as pessoas que participam do processo de interação por meio da
linguagem.
Locutor: o que produz a linguagem; Locutário:
o que recebe a linguagem > ambos são interlocutores.
A língua
portuguesa é um código verbal. Código é um conjunto de sinais convencionados
socialmente para a construção e a transmissão de mensagens: palavra, sinais de
trânsito, buzinas de automóveis, código Morse... Os códigos são utilizados para
comunicar com rapidez.
O cartum é
uma espécie de desenho humorístico ou anedota gráfica cujo objetivo é divertir
o leitor e quase sempre fazer uma crítica a um tema da realidade.
Língua é um código formado por signos
(palavras) e leis combinatórias por meio do qual as pessoas se comunicam e
interagem entre si.
A Língua
Portuguesa é falada em: Portugal, Brasil Moçambique, Angola, Cabo Verde, Macau,
São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor Leste (9 países).
Variedades
linguísticas são as variações que uma língua apresenta, de acordo com as condições
sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
Variedade
padrão, língua padrão ou norma culta é a variedade linguística de maior prestígio
social (livros, jornais, revistas, TV...). Variedade não padrão ou língua
não padrão são todas as variedades linguísticas diferentes da padrão
(gíria, regional...). A gíria é uma das variedades da língua. Quando
restrita a uma profissão: JARGÃO.
1.
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres,
permitindo-nos a oportunidade de expressar sentimentos, revelar conhecimentos,
expor nossa opinião frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano, e,
sobretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social.
E dentre os fatores que a ela se
relacionam destacam-se os níveis da fala,
que são basicamente dois: O nível de formalidade e o de
informalidade.
O padrão formal está diretamente ligado à
linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um modo geral.
Razão pela qual nunca escrevemos da mesma maneira que falamos. Este fator foi
determinante para a que a mesma pudesse exercer total soberania sobre as
demais.
Quanto ao
nível informal, este por sua vez representa o
estilo considerado “de menor prestígio”, e isto tem gerado controvérsias entre
os estudos da língua, uma vez que para a sociedade, aquela pessoa que fala ou
escreve de maneira errônea é considerada “inculta”, tornando-se desta forma um
estigma.
Compondo o quadro do padrão informal da
linguagem, estão as chamadas variedades linguísticas,
as quais representam as variações de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e
históricas em que é utilizada. Dentre elas destacam-se:
1.1.
VARIAÇÃO SÓCIO-CULTURAL
Estão diretamente ligadas aos grupos
sociais de uma maneira geral e também ao grau de instrução de uma determinada
pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões e o
linguajar caipira.
As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos,
como os surfistas, cantores de rap, tatuadores, entre outros.
Os jargões estão relacionados ao profissionalismo,
caracterizando um linguajar técnico. Representando a classe, podemos citar os
médicos, advogados, profissionais da área de informática, dentre outros.
Vejamos um poema e o trecho de uma música para entendermos melhor sobre o assunto:
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade
CHOPIS CENTIS
Eu “di” um beijo nela
E chamei pra passear.
A gente fomos no shopping
Pra “mode” a gente lanchar.
Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.
Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro
aipim.
Quanta gente,
Quanta alegria,
A minha felicidade é um crediário nas
Casas Bahia.
Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho.
Pra levar a namorada e dar uns
“rolezinho”,
Quando eu estou no trabalho,
Não vejo a hora de descer dos andaime.
Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger
E também o Van Damme.
(Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.)
Vejamos um poema e o trecho de uma música para entendermos melhor sobre o assunto:
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade
CHOPIS CENTIS
Eu “di” um beijo nela
E chamei pra passear.
A gente fomos no shopping
Pra “mode” a gente lanchar.
Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.
Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro
aipim.
Quanta gente,
Quanta alegria,
A minha felicidade é um crediário nas
Casas Bahia.
Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho.
Pra levar a namorada e dar uns
“rolezinho”,
Quando eu estou no trabalho,
Não vejo a hora de descer dos andaime.
Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger
E também o Van Damme.
(Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.)
1.2.
VARIAÇÕES GEOGRÁFICAS
São os chamados dialetos, que são as marcas
determinantes referentes a diferentes regiões. Como exemplo, citamos a palavra
mandioca que, em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como: macaxeira e aipim. Figurando
também esta modalidade estão os sotaques, ligados às características orais da
linguagem.
1.3.
VARIAÇÕES
HISTÓRICAS
Dado o dinamismo que a língua apresenta,
a mesma sofre transformações ao longo do tempo. Um exemplo bastante
representativo é a questão da ortografia, se levarmos em consideração a palavra
farmácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, contrapondo-se à linguagem
dos internautas, a qual se fundamenta pela supressão dos vocábulos.
Analisemos, pois, o fragmento exposto:
Antigamente
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio." Carlos Drummond de Andrade
Comparando-o à modernidade, percebemos um vocabulário antiquado.
Analisemos, pois, o fragmento exposto:
Antigamente
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio." Carlos Drummond de Andrade
Comparando-o à modernidade, percebemos um vocabulário antiquado.
2.
TEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO
2.1. TEXTO LITERÁRIO
O texto
literário é aquele em que não necessariamente deva conter rimas, versos e
palavras diferentes das que usamos no cotidiano e nem falar de um mundo imaginário,
distante da realidade em que vivemos. Para ser literário, o texto deve
apresentar uma linguagem literária, ou seja, uma linguagem expressiva, conotativa,
poética e emotiva. A função de linguagem predominante é a poética.
Ex: Texto:
O BICHO (MANUEL
BANDEIRA)O BICHO
Vi ontem um
bicho. Na imundície do pátio. Catando comida entre os detritos. Quando achava
alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não
era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um
homem!(Manuel Bandeira)
2.2. TEXTO NÃO LITERÁRIO
O texto não
literário ou texto utilitário é informativo, possui uma linguagem objetiva e
impessoal, seu objetivo é transmitir conteúdos e a função de linguagem
predominante é a referencial.
Ex. Texto:
DESCUIDAR DO
LIXO É SUJEIRA
Diariamente
duas horas antes da chegada do caminhão da Prefeitura, a gerência (de uma das
filiais do Mac Donald) deposita na calçada dezenas de sacos plásticos
recheados de papelão, isopor, restos de sanduíches. Isso acaba propiciando
um lamentável banquete de mendigos. Dezenas deles vão ali revirar
o material e acabam deixando os restos espalhados pelo calçadão
.(Veja. São
Paulo – 23/12/1992).
2.3 EM SINTASE
3.
REDAÇÃO COMERCIAL E EMPRESARIAL
1.1.
A LINGUAGEM NO UNIVERSO
PROFISSIONAL
O objetivo
nesta unidade é avaliar os usos que se têm feito da linguagem no universo das
relações profissionais e propor algumas modalidades de textos técnicos, como o
relatório técnico – científico. A grande quantidade de erros cometidos pelos
executivos no dia-a-dia, até mesmo em multinacionais é grande. “Alguns parecem
piada, mas definitivamente não dá par rir de uma situação assim”, afirma a
consultora Sandra Regina Gouveia Moreira, 36, da Manager. Segundo ela, a forma
como o profissional escreve e fala é avaliada nos processos de seleção. “Mas
isso ainda não e uma exigência frequente das empresas, explica a consultora”. Outra
dica para quem quer praticar o português é não se limitar à leitura de textos
técnicos. “É importante ler de tudo, romances, contos, jornais. Isso amplia o
vocabulário, e a pessoa pensa sobre outros assuntos”,diz. Mas ela alerta para
um fator importante: o prazer da leitura. Marli diz que não adianta ler de
maneira compulsiva apenas por obrigação. “A atividade tem que ser prazerosa. Se
não for, muito do conhecimento se perde”.
4.
ESTILO
Para
melhorar o estilo técnico, é necessário evitar: Os clichês – palavras “pobres”
e de sentido genérico ou desgastado pelo abuso. Expressões pleonásticas como: referência supracitada, como dissemos
acima, pela presente vem através desta, tomamos a liberdade de etc. Expressões
consideradas obsoletas como: conforme
o assunto ventilado, passo as suas mãos, outrossim, sem mais para o momento, de
conformidade quanto ao solicitado, etc. O uso de barra para separar
datas abreviadas: 17/08/98 prefira
17-08-98. Embora a primeira forma não esteja errada, tem-se optado pela
segunda por facilitar a visualização. Uso de abreviaturas internas em
correspondências externas, a menos que você tenha certeza de que seu destinatário
conhece o significado. Frases muito longas ou curtas demais.
5.
REVISÃO CUIDADOSA AJUDA A EVITAR
GAFES
Colocar o
conhecimento à prova pode ser a melhor maneira de evitar erros graves. Mas como
fazer isso? Basta pedir que outras pessoas leiam o que escreveu. Se a
informação for confidencial, uma dica é ler e reler, com calma, tudo o que for
escrito, até mesmo mensagens eletrônicas. “Os e-mails oferecem muito mais risco
de erros porque a linguagem é informal e as pessoas não se preocupam em
revisá-los”, diz Laurinha Grion, consultora de português do SENAC. Texto deve
ser correto e coerente Pasquale Cipro Neto – Colunista da Folha O candidato a
um emprego certamente sabe que a língua escrita é diferente da falada. E, muitas
vezes, é aí que a roda pega. Na ânsia de mostrar refinamento, exagera no rococó
e acaba usando expressões com as quais muitas vezes não tem intimidade. E
aí...Bem ou mal, o texto é um cartão de visita. Parece recomendável, pois,
tomar cuidado para não escorregar. No aspecto gramatical, merecem atenção
especial os itens básicos, com concordância (“Houveram muitos problemas na
economia do país neste ano” – o correto é “houve”; “Fazem muitos anos que
desejo um emprego como este” – o certo é “faz”), ortografia (previlégio,
discreção, reinvindicar – o correto é privilégio, discrição, reivindicar),
regência (“Não me simpatizo com essa tese” – o correto é “Não simpatizo com
essa tese”) etc. É bom fugir de expressões desgastadas, como o enfadonho” a
nível de”, e de modismos de gosto e eficiência duvidosos. Exemplos não faltam.
Um deles – atualíssimo – é o exagero no emprego do verbo “estar” associado a
gerúndio (“A empresa vai estar enfrentando novos tempos”; “Vou estar me
preparando para esse desafio”; “Gostaria muito de poder estar participando do
processo”). Outro modismo é o uso do pronome “você” que não se refere ao
interlocutor (“Quando você vive um período de transformações como oque está
ocorrendo...”; “Hoje em dia, para você conseguir um bom emprego...”; “Você
precisa se reciclar constantemente para poder estar acompanhando a evolução do
mercado de trabalho”; “Quando você fica sem emprego, sua vida fica sem rumo”).
É necessário ter em mente que um bom texto é claro, direto, simples, correto e
– sobretudo – coerente e coeso. “Tenho fluência em inglês básico” é um bom
exemplo de texto desconexo. Ter fluência em uma língua pressupõe ir muito além
do básico. Não se trata de saber se a frase está certa ou errada. O problema é
que ela evidencia raciocínio torto, mal articulado, o que pode ser decisivo
para o futuro do candidato. É isso.
6.
INGLÊS TEM MAIS PESO NA
CONTRATAÇÃO DE CANDIDATOS
Falar e
escrever corretamente o português pode parecer requisito mínimo pedido por
qualquer empresa na hora de contratar um funcionário, mas não é. Os programas
de seleção para executivos, por exemplo, exigem que os candidatos desenvolvam
textos e passem por entrevistas. Mas nem sempre falhas gramaticais imperdoáveis
desclassificam um profissional que tenha inglês fluente e domínio técnico em
sua área de atuação. “É impressionante a quantidade de currículos e cartas de
apresentação que chegam com problemas. Muito não tem o menor sentido ou
apresentam erros graves de gramática”, explica Jonathan Duran. Segundo ele, os
profissionais não conseguem escrever de maneira objetiva e, na tentativa de
“enfeitar” o texto, acabam pecando pelo exagero.
7. FUNÇÕES DA LINGUAGEM
7.1.
Função referencial ou denotativa
Transmite uma informação objetiva, expõe
dados da realidade de modo objetivo, não faz comentários, nem avaliação.
Geralmente, o texto apresenta-se na terceira pessoa do singular ou plural, pois
transmite impessoalidade. A linguagem é denotativa, ou seja, não há
possibilidades de outra interpretação além da que está exposta.
Em alguns textos é mais predominante essa função, como: científicos, jornalísticos, técnicos, didáticos ou em correspondências comerciais.
Por exemplo: “Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”. O Popular, 16 out. 2008.
7.2. Função emotiva ou expressiva
Em alguns textos é mais predominante essa função, como: científicos, jornalísticos, técnicos, didáticos ou em correspondências comerciais.
Por exemplo: “Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”. O Popular, 16 out. 2008.
7.2. Função emotiva ou expressiva
O objetivo do emissor é transmitir suas
emoções e anseios. A realidade é transmitida sob o ponto de vista do emissor, a
mensagem é subjetiva e centrada no emitente e, portanto, apresenta-se na
primeira pessoa. A pontuação (ponto de exclamação, interrogação e reticências)
é uma característica da função emotiva, pois transmite a subjetividade da
mensagem e reforça a entonação emotiva. Essa função é comum em poemas ou
narrativas de teor dramático ou romântico.
Por exemplo: “Porém meus olhos não perguntam nada./ O homem atrás do bigode é sério, simples e forte./Quase não conversa./Tem poucos, raros amigos/o homem atrás dos óculos e do bigode.” (Poema de sete faces, Carlos Drummond de Andrade)
7.3. Função conativa ou apelativa
Por exemplo: “Porém meus olhos não perguntam nada./ O homem atrás do bigode é sério, simples e forte./Quase não conversa./Tem poucos, raros amigos/o homem atrás dos óculos e do bigode.” (Poema de sete faces, Carlos Drummond de Andrade)
7.3. Função conativa ou apelativa
O objetivo é de influenciar, convencer o
receptor de alguma coisa por meio de uma ordem (uso de vocativos), sugestão,
convite ou apelo (daí o nome da função). Os verbos costumam estar no imperativo
(Compre! Faça!) ou conjugados na 2ª ou 3ª pessoa (Você não pode perder! Ele vai
melhorar seu desempenho!). Esse tipo de função é muito comum em textos
publicitários, em discursos políticos ou de autoridade.
Por exemplo: Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos!
Por exemplo: Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos!
7.4. Função fática
O objetivo dessa função é estabelecer
uma relação com o emissor, um contato para verificar se a mensagem está sendo
transmitida ou para dilatar a conversa.
Quando estamos em um diálogo, por exemplo, e dizemos ao nosso receptor “Está entendendo?”, estamos utilizando este tipo de função ou quando atendemos o celular e dizemos “Oi” ou “Alô”.
Quando estamos em um diálogo, por exemplo, e dizemos ao nosso receptor “Está entendendo?”, estamos utilizando este tipo de função ou quando atendemos o celular e dizemos “Oi” ou “Alô”.
7.5. Função metalinguística
Essa função refere-se à metalinguagem,
que é quando o emissor explica um código usando o próprio código. Quando um
poema fala da própria ação de se fazer um poema, por exemplo. Veja:
“Pegue um jornal
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.”
Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema dadaísta” utiliza o código (poema) para explicar o próprio ato de fazer um poema.
“Pegue um jornal
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.”
Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema dadaísta” utiliza o código (poema) para explicar o próprio ato de fazer um poema.
7.6. Função poética
O objetivo do emissor é expressar seus
sentimentos através de textos que podem ser enfatizados por meio das formas das
palavras, da sonoridade, do ritmo, além de elaborar novas possibilidades de
combinações dos signos linguísticos. É presente em textos literários,
publicitários e em letras de música.
Por exemplo: negócio/ego/ócio/cio/0
Por exemplo: negócio/ego/ócio/cio/0
Na poesia acima “Epitáfio para um
banqueiro”, José de Paulo Paes faz uma combinação de palavras que passa a ideia
do dia a dia de um banqueiro, de acordo com o poeta.
8. A DENOTAÇÃO E A CONOTAÇÃO NA LINGUAGEM
A significação das palavras não é fixa, nem estática. Por meio da
imaginação criadora do homem, as palavras podem ter seu significado ampliado,
deixando de representar apenas a ideia original (básica e objetiva). Assim,
frequentemente remetem-nos a novos conceitos por meio de associações,
dependendo de sua colocação numa determinada frase. Observe os seguintes
exemplos:
A menina está com a cara
toda pintada.
Aquele cara parece suspeito.
Aquele cara parece suspeito.
No primeiro exemplo, a palavra cara significa "rosto",
a parte que antecede a cabeça, conforme consta nos dicionários. Já no segundo
exemplo, a mesma palavra cara teve seu significado ampliado e, por uma
série de associações, entendemos que nesse caso significa "pessoa",
"sujeito", "indivíduo".
Algumas vezes, uma mesma frase pode apresentar duas (ou mais)
possibilidades de interpretação.
Veja: Marcos quebrou a cara.
Em seu sentido literal, impessoal, frio, entendemos que Marcos, por
algum acidente, fraturou o rosto. Entretanto, podemos entender a mesma frase
num sentido figurado, como "Marcos não se deu bem", tentou realizar
alguma coisa e não conseguiu.
Pelos exemplos acima, percebe-se que uma mesma palavra pode apresentar
mais de um significado, ocorrendo, basicamente, duas possibilidades:
a) No primeiro exemplo, a palavra
apresenta seu sentido original, impessoal, sem considerar o contexto, tal como
aparece no dicionário. Nesse caso, prevalece o sentido denotativo - ou denotação
- do signo linguístico.
b) No segundo exemplo, a palavra
aparece com outro significado, passível de interpretações diferentes,
dependendo do contexto em que for empregada. Nesse caso, prevalece o sentido conotativo
- ou conotação do signo linguístico.
Obs.: a
linguagem poética faz bastante uso do sentido conotativo das palavras, num
trabalho contínuo de criar ou modificar o significado. Na linguagem cotidiana
também é comum a exploração do sentido conotativo, como consequência da
nossa forte carga de afetividade e expressividade.
9.TIPOLOGIA DE TEXTOS - DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃO
9.1. Descrição
Descrever é CARACTERIZAR alguém, alguma coisa ou algum lugar através de
características que particularizem o caracterizado em relação aos outros seres
da sua espécie. Descrever, portanto, é também particularizar um ser. É
"fotografar" com palavras.
No texto descritivo, por isso, os tipos de verbos mais adequados (mais
comuns) são os VERBOS DE LIGAÇÃO (SER, ESTAR, PERMANECER, FICAR, CONTINUAR,
TER, PARECER, etc.), pois esses tipos de verbos ligam as características -
representadas linguisticamente pelos ADJETIVOS - aos seres caracterizados
- representados pelos SUBSTANTIVOS.
Ex. O
pássaro é azul . 1-Caractarizado: pássaro / 2-Caracterizador ou característica:
azul / O verbo que liga 1 com 2 : é
Num texto descritivo podem ocorrer tanto caracterizações objetivas
(físicas, concretas), quanto subjetivas (aquelas que dependem do ponto de vista
de quem descreve e que se referem às características não-físicas do
caracterizado). Ex.: Paulo está pálido (caracterização objetiva), mas lindo!
(caracterização subjetiva).
9.1.1. Descrição Técnica
A descrição técnica é uma redação descritiva que
visa registrar de forma objetiva as características de um objeto concreto - um
aparelho, um lugar ou uma situação real. Portanto, seu autor deve ter um senso
observação apurado, rigoroso e preciso. Deve se preocupar em definir o objeto
em questão em detalhes quanto à forma, ao tamanho, às cores, às suas funções,
etc. Como a descrição é técnica, opiniões pessoais não são necessárias e, como
em qualquer outro tipo de redação, o que não é necessário deve ser evitado.
Eis abaixo um exemplo de descrição técnica:
Sabe-se que, ao mudar o meio em que a luz se propaga, alteram-se também o
comprimento de onda e a propagação. Tendo como referência as características
apresentadas pela luz no vácuo, o parâmetro chamado "índice de
refração" mede essas alterações e permite ainda caracterizar a absorção de
luz pelo material. No entanto, com a descoberta do laser,
tornou-se possível constatar que esse índice não é propriedade
invariável dos materiais, pois depende também da intensidade da luz
incidente.
Recentemente se tornaram conhecidos novos materiais que apresentam uma
variação apreciável do índice de refração mesmo para campos luminosos pouco
intensos. Essas descobertas apresentam grande variedade de aplicações, seja na
amplificação de imagens ópticas, no reconhecimento de formas (usados na
robótica), etc.
- "Hologramas Dinâmicos e Espelhos Conjugados" - Revista
"Ciência Hoje", no. 22, pg. 16.
9.1.2. DESCRIÇÃO OBJETIVA
A descrição
objetiva é aquela apresenta o objeto de forma concreta, buscando maior
proximidade com a realidade, deixando de lado as impressões do observador.
Apresenta características como: forma, tamanho, peso, cor, espessura, volume,
etc.
A descrição objetiva preocupa-se com a exatidão dos detalhes e com a precisão dos vocábulos.
A descrição objetiva preocupa-se com a exatidão dos detalhes e com a precisão dos vocábulos.
Exemplo:
“Mônica tem 1,65 de
altura e 50 kg. Branca, olhos claros, cabelos castanhos, compridos e lisos.”
9.2. NARRAÇÃO
O
texto narrativo caracteriza-se pelo relato de fatos retratados por uma
sequência de ações, relacionadas a um determinado acontecimento, podendo ser
estes fatos reais ou fictícios.
Para que este relato seja algo dotado de sentido, o mesmo dispõe-se de alguns elementos que desempenham funções primordiais. Representando-os, figuram-se os personagens, peças fundamentais para a composição da história, narrador, espaço, tempo e enredo propriamente dito, ou seja, o assunto sobre o qual se trata.
Dentre aqueles caracterizados como narrativos, destacam-se os contos, novelas, romances, algumas crônicas, poemas narrativos, histórias em quadrinhos, piadas, letras musicais, entre outros.
Como anteriormente mencionado, os elementos que constituem a referida modalidade são dotados de funções específicas, e para que possamos compreendê-las de modo efetivo, as analisaremos minuciosamente:
Personagens
Constituem os seres que participam da narrativa, interagindo-se com o leitor de acordo com o modo de ser e de agir. Algumas ocupando lugar de destaque, também chamadas protagonistas, outras se opondo a elas, denominadas de antagonistas. As demais caracterizam-se como secundárias.
Tempo
Retrata o momento em que ocorrem os fatos (manhã, tarde, noite, na primavera, em dia chuvoso). O mesmo pode ser cronológico, ou seja, determinado por horas e datas, revelado por acontecimentos dispostos numa ordem sequencial e linear - início, meio e fim; e psicológico, aquele ligado às emoções e sentimentos, caracterizado pelas lembranças dos personagens, reveladas por momentos imprecisos, fundindo-se em presente, passado e futuro.
Espaço
É o lugar onde se passa toda a trama. Algumas vezes é apenas sugerido no intuito de aguçar a mente do leitor, outras, para caracterizar os personagens de forma contundente. Dependendo do enredo, a caracterização do mesmo torna-se de fundamental importância, como, por exemplo, os romances regionalistas.
Narrador
Ele funciona como um mediador entre a história que ora é narrada e o leitor (ou ouvinte). Sua perspectiva, aliada a seu ponto de vista e ao modo pelo qual organiza tudo aquilo que conta, são fatores decisivos para a constituição da história.
A maneira pela qual o narrador se situa em relação ao que está narrando denomina-se como foco narrativo. E, basicamente, há três tipos:
Narrador-personagem - Narrando em 1ª pessoa, ele participa da história, relatando os fatos a partir de sua ótica, predominando as impressões pessoais e a visão parcial dos fatos.
Narrador-observador – Ele revela ao leitor somente os fatos que consegue observar, relatando-os em 3ª pessoa.
Narrador-onisciente – Além de observar, ele sabe e revela tudo sobre o enredo e os personagens, até mesmo seus pensamentos mais íntimos, como também detalhes que até mesmo eles não sabem. Em virtude de estar presente em toda parte, é também chamado de onipresente, o que lhe permite observar o desenrolar dos acontecimentos em qualquer espaço que ocorram.
Algumas vezes limita-se a observá-los de forma objetiva, em outras, emite opiniões e julgamento de valor acerca do assunto.
Enredo
É o conjunto de incidentes que constituem a ação da narrativa. Todo enredo é composto por um conflito vivido por um ou mais personagens, cujo foco principal é prender a atenção do leitor por meio de um clima de tensão que se organiza em torno dos fatos e os faz avançar.
Geralmente, o conflito determina as partes do enredo, representadas pelas referidas partes:
Para que este relato seja algo dotado de sentido, o mesmo dispõe-se de alguns elementos que desempenham funções primordiais. Representando-os, figuram-se os personagens, peças fundamentais para a composição da história, narrador, espaço, tempo e enredo propriamente dito, ou seja, o assunto sobre o qual se trata.
Dentre aqueles caracterizados como narrativos, destacam-se os contos, novelas, romances, algumas crônicas, poemas narrativos, histórias em quadrinhos, piadas, letras musicais, entre outros.
Como anteriormente mencionado, os elementos que constituem a referida modalidade são dotados de funções específicas, e para que possamos compreendê-las de modo efetivo, as analisaremos minuciosamente:
Personagens
Constituem os seres que participam da narrativa, interagindo-se com o leitor de acordo com o modo de ser e de agir. Algumas ocupando lugar de destaque, também chamadas protagonistas, outras se opondo a elas, denominadas de antagonistas. As demais caracterizam-se como secundárias.
Tempo
Retrata o momento em que ocorrem os fatos (manhã, tarde, noite, na primavera, em dia chuvoso). O mesmo pode ser cronológico, ou seja, determinado por horas e datas, revelado por acontecimentos dispostos numa ordem sequencial e linear - início, meio e fim; e psicológico, aquele ligado às emoções e sentimentos, caracterizado pelas lembranças dos personagens, reveladas por momentos imprecisos, fundindo-se em presente, passado e futuro.
Espaço
É o lugar onde se passa toda a trama. Algumas vezes é apenas sugerido no intuito de aguçar a mente do leitor, outras, para caracterizar os personagens de forma contundente. Dependendo do enredo, a caracterização do mesmo torna-se de fundamental importância, como, por exemplo, os romances regionalistas.
Narrador
Ele funciona como um mediador entre a história que ora é narrada e o leitor (ou ouvinte). Sua perspectiva, aliada a seu ponto de vista e ao modo pelo qual organiza tudo aquilo que conta, são fatores decisivos para a constituição da história.
A maneira pela qual o narrador se situa em relação ao que está narrando denomina-se como foco narrativo. E, basicamente, há três tipos:
Narrador-personagem - Narrando em 1ª pessoa, ele participa da história, relatando os fatos a partir de sua ótica, predominando as impressões pessoais e a visão parcial dos fatos.
Narrador-observador – Ele revela ao leitor somente os fatos que consegue observar, relatando-os em 3ª pessoa.
Narrador-onisciente – Além de observar, ele sabe e revela tudo sobre o enredo e os personagens, até mesmo seus pensamentos mais íntimos, como também detalhes que até mesmo eles não sabem. Em virtude de estar presente em toda parte, é também chamado de onipresente, o que lhe permite observar o desenrolar dos acontecimentos em qualquer espaço que ocorram.
Algumas vezes limita-se a observá-los de forma objetiva, em outras, emite opiniões e julgamento de valor acerca do assunto.
Enredo
É o conjunto de incidentes que constituem a ação da narrativa. Todo enredo é composto por um conflito vivido por um ou mais personagens, cujo foco principal é prender a atenção do leitor por meio de um clima de tensão que se organiza em torno dos fatos e os faz avançar.
Geralmente, o conflito determina as partes do enredo, representadas pelas referidas partes:
Introdução – É o começo da história, no qual se apresentam os fatos iniciais, os personagens, e, às vezes, o tempo e o espaço.
Complicação – É a parte em que se desenvolve o conflito.
Clímax – Figura-se como o ponto culminante de toda a trama, revelado pelo momento de maior tensão. É a parte em que o conflito atinge seu ápice.
Conclusão ou desfecho final – É a solução do conflito instaurado, podendo apresentar final trágico, cômico, triste, ou até mesmo surpreendente. Tudo irá depender da decisão imposta pelo narrador.
9.2.1. NARRAÇÃO COMERCIAL
- É o relato de acontecimentos diversos. Esses acontecimentos podem ser empresariais reais ou possíveis.
- Na Narração Comercial o relato de acontecimento deve ser exposto com rapidez e com foco apenas no que é significativo.
- A narração envolve: Personagens, fatos, épocas em que ocorreu o fato, o lugar em que ocorreu, como ocorreu e a causa do ocorrido.
- Nesse caso, o “Onde” e “Quem” (personagem), pertencem à introdução e o “Por que” (causa) pertencem à conclusão.
- A narração deve ter um significado, sendo necessário forçar a seleção de fatos relevantes.
- Recomenda-se cuidado especial na escolha dos verbos.
9.3. DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA
Texto
dissertativo-argumentativo é um texto opinativo que se organiza na defesa de um
ponto de vista sobre determinado assunto.
Nele,
a opinião é fundamentada com explicações e argumentos, para formar a opinião do
leitor ou ouvinte, tentando convencê-lo de que a ideia defendida está correta.
É preciso, portanto, expor e explicar ideias. Daí a sua dupla natureza: é
argumentativo porque defende uma tese, uma opinião, e é dissertativo porque se
utiliza de explicações para justificá-la. Um texto dissertativo difere de um
texto dissertativo-argumentativo por não haver a necessidade de demonstrar a
verdade de uma ideia, ou tese, mas apenas de expô-la.
Seu objetivo é, em última análise, convencer ou tentar convencer o
leitor mediante a apresentação de razões, em face da evidência de provas e à
luz de um raciocínio coerente e consistente.
Um texto
dissertativo-argumentativo deve combinar dois princípios de estruturação:
I – apresentar uma tese, desenvolver
justificativas para comprovar essa tese e uma conclusão que dê um
fecho à discussão elaborada no texto, compondo o processo argumentativo.
fecho à discussão elaborada no texto, compondo o processo argumentativo.
TESE – É a ideia que você vai defender no
seu texto. Ela deve estar relacionada ao tema e deve estar apoiada em
argumentos ao longo da redação.
ARGUMENTO – É a justificativa utilizada por você
para convencer o leitor a concordar com a tese defendida. Cada argumento deve
responder à pergunta “por quê?” em relação à tese defendida.
II – utilizar estratégias argumentativas
para expor o problema discutido no texto e detalhar os argumentos utilizados.
ESTRATÉGIAS
ARGUMENTATIVAS – São
recursos utilizados para desenvolver os argumentos, de modo a convencer o
leitor:
• exemplos;
• dados estatísticos;
• pesquisas;
• fatos comprováveis;
• citações ou depoimentos de pessoas especializadas no assunto;
• alusões históricas; e
• comparações entre fatos, situações, épocas ou lugares distintos.
• exemplos;
• dados estatísticos;
• pesquisas;
• fatos comprováveis;
• citações ou depoimentos de pessoas especializadas no assunto;
• alusões históricas; e
• comparações entre fatos, situações, épocas ou lugares distintos.
Por
exemplo, para desenvolver um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema
“Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado” (ENEM
2011), você poderia desenvolver:
Tese: O excesso de exposição da vida privada
nas redes sociais pode ter consequências graves, como situações de violência
cibernética.
Argumentos:
1. explicação sobre o que é violência cibernética;
2. dados de pesquisas que comprovam a tese;
3. exemplos de situações de violência, como o cyber bullying;
4. depoimento de especialista no assunto; e
5. contra-argumento: aspectos positivos das redes sociais.
1. explicação sobre o que é violência cibernética;
2. dados de pesquisas que comprovam a tese;
3. exemplos de situações de violência, como o cyber bullying;
4. depoimento de especialista no assunto; e
5. contra-argumento: aspectos positivos das redes sociais.
Proposta de intervenção: Alertar os jovens, por meio de
campanhas, tanto na escola, por professores, como em casa, com os familiares,
sobre os perigos da superexposição nas redes sociais.
9.4. LINGUAGEM DISSERTATIVA
O encadeamento de figuras e
temas. O que significa isso? Chamamos figuras os elementos do mundo natural, e
no texto, os elementos que o compõem. O texto está cheio de substantivos,
personagens, coisas reais ou imaginárias, enfim, referências que o sentido
aponta. E como essas coisas entram nessa trama, nesse tecido, que é o texto? -
Pela arte do modo de narrar, de persuadir, de falar. Essa é a tematização.
Desse modo, a arte de tematizar é saber colocar os argumentos e as figuras com
coerência e coesão no fio dos enunciados - é isso que chamamos de encadeamento
de figuras e temas.
A linguagem neste tipo de texto é
denotativa, isto é, preocupada com a informação. Deve ser uma linguagem
impessoal e objetiva, com emprego da forma culta e formal da língua. Isto não
significa que não se pode usar recursos poéticos, históricos e recursos
linguísticos. Todo enriquecimento do texto é importante.
Os tempos verbais dos textos
dissertativos argumentativos, ou seja, do mundo comentado, são
predominantemente os tempos verbais do presente. No entanto, para dar maior
ênfase aos textos, ou até, menor comprometimento, pode-se usar tempos do mundo
narrado, ou seja, os do pretérito. A isso é o que se chama demetáfora temporal.
Quanto a argumentação nos textos
dissertativos, o que se faz num texto dissertativo
é explicar o assunto, é discorrer sobre ele, é fazer uma exposição do tema. Até
não se deve ter tanta preocupação em persuadir o leitor e sim, passar as
informações que se pretende - passar conhecimentos verdadeiros.
Diante do tema, o autor deve se posicionar
diante do assunto e, através dos seus argumentos, mostrar o seu conhecimento de
mundo com clareza, com domínio da língua, selecionando os conteúdos pelos seus
valores reais, organizando-os de forma coesa e manter coerência entre os assuntos,
os quais serão fechados na conclusão, completando assim, o ponto de vista
inicial. Lembrar-se da importância da postura crítica.
10.PRONOMES
Pronome é a classe de palavras que
substitui o substantivo (nome). Tem a finalidade de indicar a pessoa do discurso
ou situar no tempo e espaço.
Pronome
substantivo é aquele que desempenha a função de substantivo. Exemplo: Ela é minha convidada.
Pronome adjetivo é aquele que acompanha ou modifica um
substantivo. Exemplo: Minha caneta
é azul, aquelas canetas
são azuis.
10.1. PRONOMES DE TRATAMENTO
É importante lembrarmos
que eles representam a forma pela qual nos atribuímos às pessoas, como já foi
dito anteriormente. São eles:
Pronomes de tratamento
|
Abreviatura
Singular |
Abreviatura
Plural |
Usados para:
|
Você
|
V.
|
VV.
|
Usado para um
tratamento íntimo, familiar.
|
Senhor, Senhora
|
Sr., Sr.ª
|
Srs., Srª.s
|
Pessoas com as quais
mantemos um certo distanciamento mais respeitoso
|
Vossa Senhoria
|
V. S.ª
|
V. Sª.s
|
Pessoas com um grau de
prestígio maior. Usualmente, os empregamos em textos escritos, como:
correspondências, ofícios, requerimentos, etc.
|
Vossa Excelência
|
V. Ex.ª
|
V. Ex.ªs
|
Usados para pessoas
com alta autoridade, como: Presidente da República, Senadores, Deputados,
Embaixadores, etc.
|
Vossa Eminência
|
V. Em.ª
|
V. Em.ªs
|
Usados para Cardeais.
|
Vossa Alteza
|
V. A.
|
V V. A A.
|
Príncipes e duques.
|
Vossa Santidade
|
V.S.
|
-
|
Para o Papa.
|
Vossa Reverendíssima
|
V. Rev.mª
|
V. Rev.mªs
|
Sacerdotes e
Religiosos em geral.
|
Vossa Paternidade
|
V. P.
|
VV. PP.
|
Superiores de Ordens Religiosas.
|
Vossa Magnificência
|
V. Mag.ª
|
V. Mag.ªs
|
Reitores de
Universidades
|
Vossa Majestade
|
V. M.
|
V V. M M.
|
Reis e Rainhas.
|
Observação importante:
# O pronome de tratamento concorda com o verbo na 3ª pessoa. Por exemplo:Vossa Senhoria está feliz.
# O pronome de tratamento concorda com o verbo na 3ª pessoa. Por exemplo:Vossa Senhoria está feliz.
#Quando se referir à 3ª
pessoa, o pronome de tratamento é precedido de sua:
Sua Majestade, a rainha da Inglaterra, chega hoje ao Brasil.
Sua Majestade, a rainha da Inglaterra, chega hoje ao Brasil.
10.2. PRONOMES RELATIVOS
Pronome relativo é uma classe de pronomes que substituem
um termo da oração anterior e estabelecem relação entre duas orações.
Não conhecemos o aluno. O aluno saiu.
Não conhecemos o aluno que saiu.
Como se pode perceber, o que, nessa frase está substituindo o termo aluno e está relacionando a segunda oração com a primeira.
Os pronomes relativos são os seguintes:
Variáveis
Não conhecemos o aluno. O aluno saiu.
Não conhecemos o aluno que saiu.
Como se pode perceber, o que, nessa frase está substituindo o termo aluno e está relacionando a segunda oração com a primeira.
Os pronomes relativos são os seguintes:
Variáveis
O qual, a qual
Os quais, as quais
Cujo, cuja
Cujos, cujas
Quanto, quanta
Quantos, quantas
Invariáveis
Os quais, as quais
Cujo, cuja
Cujos, cujas
Quanto, quanta
Quantos, quantas
Invariáveis
Que (quando equivale a o
qual e flexões)
Quem (quando equivale a o qual e flexões)
Onde (quando equivale a no qual e flexões)
Emprego dos pronomes relativos
1. Os pronomes relativos virão precedidos de preposição se a regência assim determinar.
Quem (quando equivale a o qual e flexões)
Onde (quando equivale a no qual e flexões)
Emprego dos pronomes relativos
1. Os pronomes relativos virão precedidos de preposição se a regência assim determinar.
preposição
exigida
pronome termo regente
pelo verbo relativo
pelo verbo relativo
Havia condições
|
a
|
que
|
nos opúnhamos.
(opor-se
a)
|
Havia condições
|
com
|
que
|
não
concordávamos. (concordar com)
|
Havia condições
|
de
|
que
|
desconfiávamos.
(desconfiar de)
|
Havia condições
|
-
|
que
|
nos
prejudicavam. (= sujeito)
|
Havia condições
|
em
|
que
|
insistíamos.
(insistir
em)
|
2. O pronome
relativo quem se refere a uma pessoa ou a uma coisa
personificada.
Não conheço a médica de quem você falou.
Esse é o livro a quem prezo como companheiro.
3. Quando o relativo quem aparecer sem antecedente claro é classificado comopronome relativo indefinido.
Quem atravessou, foi multado.
4. Quando possuir antecedente, o pronome relativo quem virá precedido de preposição.
João era o filho a quem ele amava.
5. O pronome relativo que é o de mais largo emprego, chamado de relativo universal, pode ser empregado com referência a pessoas ou coisas, no singular ou no plural.
Conheço bem a moça que saiu.
Não gostei do vestido que comprei.
Eis os instrumentos de que necessitamos.
6. O pronome relativo que pode ter por antecedente o demonstrativo o (a, os, as).
Sei o que digo. (o pronome o equivale a aquilo)
7. Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome relativo que. Com preposições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo o qual (e flexões).
Aquele é o machado com que trabalho.
Aquele é o empresário para o qual trabalho.
8. O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo equivale a do qual, de que, de quem. Deve concordar com a coisa possuída.
Cortaram as árvores cujos troncos estavam podres.
9. O pronome relativo quanto, quantos e quantas são pronomes relativos quando seguem os pronomes indefinidos tudo, todos ou todas.
Recolheu tudo quanto viu.
10. O relativo onde deve ser usado para indicar lugar e tem sentido aproximado de em que, no qual.
Esta é a terra onde habito.
a) onde é empregado com verbos que não dão ideia de movimento. Pode ser usado sem antecedente.
Nunca mais morei na cidade onde nasci.
b) aonde é empregado com verbos que dão ideia de movimento e equivale apara onde, sendo resultado da combinação da preposição a + onde.
As crianças estavam perdidas, sem saber aonde ir.
Não conheço a médica de quem você falou.
Esse é o livro a quem prezo como companheiro.
3. Quando o relativo quem aparecer sem antecedente claro é classificado comopronome relativo indefinido.
Quem atravessou, foi multado.
4. Quando possuir antecedente, o pronome relativo quem virá precedido de preposição.
João era o filho a quem ele amava.
5. O pronome relativo que é o de mais largo emprego, chamado de relativo universal, pode ser empregado com referência a pessoas ou coisas, no singular ou no plural.
Conheço bem a moça que saiu.
Não gostei do vestido que comprei.
Eis os instrumentos de que necessitamos.
6. O pronome relativo que pode ter por antecedente o demonstrativo o (a, os, as).
Sei o que digo. (o pronome o equivale a aquilo)
7. Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome relativo que. Com preposições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo o qual (e flexões).
Aquele é o machado com que trabalho.
Aquele é o empresário para o qual trabalho.
8. O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo equivale a do qual, de que, de quem. Deve concordar com a coisa possuída.
Cortaram as árvores cujos troncos estavam podres.
9. O pronome relativo quanto, quantos e quantas são pronomes relativos quando seguem os pronomes indefinidos tudo, todos ou todas.
Recolheu tudo quanto viu.
10. O relativo onde deve ser usado para indicar lugar e tem sentido aproximado de em que, no qual.
Esta é a terra onde habito.
a) onde é empregado com verbos que não dão ideia de movimento. Pode ser usado sem antecedente.
Nunca mais morei na cidade onde nasci.
b) aonde é empregado com verbos que dão ideia de movimento e equivale apara onde, sendo resultado da combinação da preposição a + onde.
As crianças estavam perdidas, sem saber aonde ir.
11. PALAVRAS QUE SUSCITAM DÚVIDAS QUANTO À
ESCRITA
Como se
escreve isso?
Quem já não teve problemas na
hora de escrever certas palavras? Você já teve?
Não se envergonhe,isso é normal ! Afinal se a gente escreve "Exercito" com "X" e pronuncia "Ezercito" como se tivesse um "Z" isso não é de estranhar. Aqui estão algumas palavras que geralmente dão problemas na escrita. Conheça-as e escreva certo! |
Algumas
dicas
·
A anos/ Há anos
Na indicação de tempo, emprega-se há para indicar
tempo passado (equivalente a “faz”).
Há dois meses que ele não aparece.
Utiliza-se a
para indicar tempo futuro.
Daqui a dois meses ele aparecerá.
·
Há muito tempo atrás
Essa construção é pleonástica,
redundante. O verbo haver, referindo-se a tempo, dispensa o adverbio atrás
porque sempre indica tempo passado. Escreva simplesmente: Há muito tempo...
·
A gente vai
Não há
inconveniente algum em usar-se a expressão a gente para designar quem está
falando (eu ou nós), desde que se deixe o verbo no singular.
A gente deve chegar à tarde.
A gente conhece bem nossos inimigos
·
Câmara/câmera
Em qualquer
que se dê a esta palavra, a grafia câmara
é sempre correta: Câmara dos
Deputados, Câmara fotográfica, etc.
Quando se
quere designar o aparelho que capta e reproduz imagens, ou a pessoa que o
utiliza, pode-se usar a forma variante câmera:
câmera (ou câmara) fotográfica, câmera (ou câmara) da televisão.
·
Comprimento/ cumprimento
Comprimento é o mesmo que “extensão de uma
linha”, “distância longitudinal de um objeto”. Do mesmo radical deriva o
adjetivo comprido.
o sofá era
muito comprido para aquela sala.
Cumprimento pode ser o ato ou efeito de
cumprir (cumprimento de uma promessa)
ou saudação. Cumprimentar.
Ana cumprimente sua prima.
12. TÉCNICAS DO RESUMO DE UM TEXTO
1- Resumir
um texto é condensar as ideias principais, respeitando o sentido, a
estrutura e
o tipo de enunciação, isto é, os tempos e as pessoas, com a ajuda do
vocabulário
e do estilo pessoais.
2-
Metodologia
O trabalho de análise do texto
1- Ler o
texto;
2- Sublinhar
as palavras-chave para identificar a rede semântica
(significado
das palavras ou/e interpretação de frases);
3-
Identificar os articuladores do discurso e as relações que estabelecem
entre si;
4-
Identificar as ideias essenciais (as partes que constituem um texto);
colocar
alíneas na margem e atribuir-lhe um título (de preferência
nominal).
O trabalho de organização
1-
Distinguir o essencial do acessório;
2- Organizar
a sequência estrutural de um texto
O trabalho de redação
1- Respeitar
a ordem por que o autor apresenta as ideias;
2- Evitar
qualquer opinião pessoal ou comentário. O resumo deve ser
impessoal;
3- Respeitar
a extensão do resumo; se não forem indicadas as palavras
ou as linhas
do resumo, este deverá ser um quarto do original;
4- Não usar
expressões ou frases inteiras (citações) do texto base; pode
usar-se a
rede semântica identificada, colocando aspas;
5- Não
utilizar o diálogo.
Regras
1- Supressão
de repetições, de fórmulas, interjeições; de
exemplos,
citações …
2-
Generalização: substituir alguns elementos, como palavras ou
ideias, por
outros mais gerais;
3- Seleção:
distinguir bem o essencial do acessório, suprimindo os
elementos
que exprimam pormenores …;
4-
Construção: manter tempos e pessoas, respeitar a ordem do texto,
fazer tantos
parágrafos quantas as partes que contiver o plano (as
alíneas, as
ideias-chave …), conservar a estrutura do texto de partida,
ligar
logicamente as frases redigidas.
Técnicas
1-
Substituir um grupo de palavras por uma única palavra:
1.1.
Substituir um grupo de palavras por um nome;
1.2.
Substituir um grupo de palavras por um adjetivo;
1.3.
Substituir por verbo, advérbio, etc..
2-
Substituir uma enumeração por ou vários termos englobantes;
3- Saber
utilizar sinónimos;
4- Manter o
sistema de enunciação (utilizar o mesmo sistema
pronominal –
manter os mesmos pronomes pessoais;
5-
Estabelecer as redes lexicais.
13. ELEMENTOS DE TEXTUALIDADE
Redigir um texto é para muitos uma
tarefa difícil. Inúmeros contratempos começam a surgir, e um deles é a
insuficiência de conteúdo. As ideias não fluem e, mesmo quando surgem, há uma
certa dificuldade em organizá-las. Tal atitude muitas vezes corrobora para um
sentimento de frustração e incapacidade por parte do emissor.
O fato é que a escrita é algo que requer habilidade, determinação, paciência e aperfeiçoamento constante. Habilidades essas que gradativamente vão sendo conquistadas de acordo com o hábito da leitura e com a constante busca por informações, no intuito de ampliarmos nossa visão de mundo, e com a convivência diária enquanto seres eminentemente sociais.
Fundamentalmente, é preciso que haja clareza quanto à mensagem que ora se deseja transmitir. E para tal, faz-se necessário planejar, selecionando cuidadosamente as palavras, articulando bem as ideias, de modo a distribuí-las em períodos curtos e adequando-as à modalidade textual, tendo em vista a intencionalidade comunicativa ora em questão.
Na medida em que vamos expressando nossos pensamentos não nos atemos para uma constante revisão, pois isso pode corromper nossa linha de raciocínio. Entretanto, uma releitura é capaz de detectar possíveis falhas ortográficas e gramaticais, como também permite-nos acrescentarmos ou suprimirmos ideias, entre outros procedimentos.
A fim de aprimorarmos nossa competência no que tange às técnicas composicionais da linguagem escrita, analisaremos a seguir alguns elementos primordiais que colaboram para a clareza textual:
13.1. PRAGMÁTICOS
O fato é que a escrita é algo que requer habilidade, determinação, paciência e aperfeiçoamento constante. Habilidades essas que gradativamente vão sendo conquistadas de acordo com o hábito da leitura e com a constante busca por informações, no intuito de ampliarmos nossa visão de mundo, e com a convivência diária enquanto seres eminentemente sociais.
Fundamentalmente, é preciso que haja clareza quanto à mensagem que ora se deseja transmitir. E para tal, faz-se necessário planejar, selecionando cuidadosamente as palavras, articulando bem as ideias, de modo a distribuí-las em períodos curtos e adequando-as à modalidade textual, tendo em vista a intencionalidade comunicativa ora em questão.
Na medida em que vamos expressando nossos pensamentos não nos atemos para uma constante revisão, pois isso pode corromper nossa linha de raciocínio. Entretanto, uma releitura é capaz de detectar possíveis falhas ortográficas e gramaticais, como também permite-nos acrescentarmos ou suprimirmos ideias, entre outros procedimentos.
A fim de aprimorarmos nossa competência no que tange às técnicas composicionais da linguagem escrita, analisaremos a seguir alguns elementos primordiais que colaboram para a clareza textual:
13.1. PRAGMÁTICOS
·
INTENCIONALIDADE
- A intencionalidade revela o esforço
feito pelo produtor para estabelecer um discurso coerente e coeso a fim de
cumprir o seu objetivo comunicativo em função do receptor.
·
ACEITABILIDADE
- A aceitabilidade é inerente ao
receptor, que analisa e avalia o grau de coerência, coesão, utilidade e
relevância do texto capaz de levá-lo a alargar os seus conhecimentos ou de
aceitar a intenção do produtor.
·
SITUCIONALIDADE - A situcionalidade é responsável
pela adequação do texto ao contexto sócio comunicativo.
·
INFORMATIVIDADE. A informatividade responde pela
suficiência de dados no texto, como também pelo grau de previsibilidade nas
ocorrências no plano conceitual e no formal.
13.2. LINGUÍSTICOS
·
COESÃO – É o conjunto de recursos linguísticos responsáveis
pelas ligações que se estabelecem entre os termos de uma frase, entre orações
referentes a um período, fazendo com que, esteticamente, os parágrafos se
apresentem de forma harmoniosa, tornando o texto agradável à leitura.
Representando tais recursos, figuram-se as conjunções, os pronomes e os advérbios. Como demonstra os termos em destaque, contidos no exemplo a seguir:
“A vida nos reserva grandes surpresas, algumas boas, outras ruins. Nesse confronto é preciso que estejamos aptos a enfrentar os obstáculos, como também nos deleitarmos diante dos momentos felizes”.
Representando tais recursos, figuram-se as conjunções, os pronomes e os advérbios. Como demonstra os termos em destaque, contidos no exemplo a seguir:
“A vida nos reserva grandes surpresas, algumas boas, outras ruins. Nesse confronto é preciso que estejamos aptos a enfrentar os obstáculos, como também nos deleitarmos diante dos momentos felizes”.
·
COERÊNCIA
– Trata-se do próprio sentido atribuído ao texto,
ou seja, a logicidade pertinente às ideias expressas, fazendo com que se
estabeleça uma efetiva interação entre os interlocutores envolvidos no discurso.
A coerência se liga a dois fatores básicos: ao conhecimento extralinguístico do emissor e do receptor, envolvendo sua visão de mundo, e ao conhecimento linguístico, envolvendo os fatos pertinentes à língua como um todo.
A coerência se liga a dois fatores básicos: ao conhecimento extralinguístico do emissor e do receptor, envolvendo sua visão de mundo, e ao conhecimento linguístico, envolvendo os fatos pertinentes à língua como um todo.
13.3. ELEMENTOS COESIVOS REFERENCIAIS
Os elementos
de referência, nesse caso, são usados para reforçar uma ideia dita antes da
forma remissiva, como também antecipar algo que vai ser dito posteriormente.
Concretiza-se que só haverá paralisação no uso desses elementos com o
aparecimento de novas manifestações discursivas, que consequentemente trarão à
tona novas formas remissivas, sem com isso fugir da temática textual.
Observe-se os
exemplos:
1-Luana mora com a tia. Ela faz faculdade de direito. Ela – retomada de Luana Ú anáfora
2- João ganhou um cachorro. O cachorro chamava-se lulu. “Um cachorro”, informação para a frente, “o cachorro” Ú catáfora
1-Luana mora com a tia. Ela faz faculdade de direito. Ela – retomada de Luana Ú anáfora
2- João ganhou um cachorro. O cachorro chamava-se lulu. “Um cachorro”, informação para a frente, “o cachorro” Ú catáfora
13.4.OS PRINCIPAIS ELEMENTOS COESIVOS SÃO:
Preposições (a, de, para, com);
Conjunções (que, enquanto, embora, mas,
porém, todavia);
Pronomes (ele, ela, sua, este, aquele, o
qual);
Advérbios e locuções adverbiais (aqui,
lá, logo, antes, dessa maneira, aos poucos);
Palavras denotativas (afinal, inclusive,
senão, apenas, então, entre outras).
14. DOCUMENTOS EMPRESARIAIS/COMERCIAIS
14.1. MEMORANDO
Definição e Finalidade
O memorando é a modalidade de comunicação
entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar
hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de
uma forma de comunicação eminentemente interna.
Pode ter caráter meramente administrativo, ou
ser empregado para a exposição de projetos, idéias, diretrizes, etc. a serem
adotados por determinado setor do serviço público.
Sua característica principal é a agilidade. A
tramitação do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela
simplicidade de procedimentos burocráticos. Para evitar desnecessário aumento
do número de comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio
documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação. Esse
procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado, assegurando
maior transparência à tomada de decisões, e permitindo que se historie o
andamento da matéria tratada no memorando.
Forma e Estrutura
Quanto a sua forma, o memorando segue o
modelo do padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser
mencionado pelo cargo que ocupa.
Exemplos:
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos
Exemplo de Memorando
14.2.“OFÍCIO- CIRCULAR”, “CARTA – CIRCULAR”
1.
Para se redigir um ofício circular, é necessário muito tato,
fazendo com que em sua apresentação e redação, possuam características e
qualidades de uma correspondência oficial ou pessoal. Existem algumas normas
que fazem parte da composição de um ofício, que são as seguintes: o cabeçalho,
geralmente no cabeçalho do ofício, conta com o timbre do órgão publico; logo
mais abaixo fica o índice do ofício circular, onde consta o número do ofício
seguido do ano em que foi redigido (exemplo: 01/2012); em seguida consta o nome
do município do órgão expedidor do documento e a data em que o ofício circular
foi redigido (exemplo: São Paulo, 6 de março de 2012.), onde o nome do mês
sempre será em minúsculo, os dias de 1 a 9, jamais poderão ser precedidos pelo
zero, e após o ano, sempre com ponto final, pois trata-se de uma frase nominal.
2.
As margens de um ofício circular, já são definidas pelo cabeçalho
padrão, onde possui 2,5 cm para a margem esquerda, e 2 cm para a margem
direita. Em seguida é necessário informar o vocativo, entre o índice e o vocativo, são necessários de 2 a 4
espaços simples, o que vai depender do tamanho do texto que constituirá o
ofício circular. Deve-se sempre iniciar com letra maiúscula, onde o vocativo
adequado é "Senhor (a) Cliente:" sempre seguido de dois pontos.
3.
O próximo passo é redigir o corpo do texto. Entre o vocativo e o
corpo do texto, é recomendado 2 espaços simples. O corpo do texto conta com as
informações da qual o órgão remetente deseja transmitir aos outros
destinatários. Entre os parágrafos do corpo do texto, é utilizado o espaçamento
de 6 pontos. Após a inserção do corpo do texto, utiliza-se um espaço simples e
centralizado, para separar o corpo do texto do fechamento do ofício circular.
4.
Os principais fechamentos utilizados são,
"Atenciosamente", utilizados para autoridades de mesma hierarquia ou
inferior, ou "Respeitosamente", utilizada para autoridades de
hierarquia superior. Os fechamentos são sempre seguidos de vírgula, por serem
advérbios. Do fechamento à assinatura, são utilizados 3 espaçamentos simples e
centralizado. Entre o nome do signatário e o cargo ou função, são utilizados 2 espaços
simples. Jamais se utiliza a anteposição de títulos profissionais, já que o
signatário assina o documento em razão de seu cargo ou função.
No rodapé do ofício circular, consta o destinatário, sendo desnecessário o uso de tratamentos (DD. – Digníssimo, por exemplo), sendo suficiente o pronome de tratamento Senhor(a). É necessário que o signatário assine ou rubrique cada oficio circular.
No rodapé do ofício circular, consta o destinatário, sendo desnecessário o uso de tratamentos (DD. – Digníssimo, por exemplo), sendo suficiente o pronome de tratamento Senhor(a). É necessário que o signatário assine ou rubrique cada oficio circular.
14.3.ORDEM
DE SERVIÇO
A ordem de serviço é um documento que tem a função de
emitir comunicações internas em uma empresa a respeito de um trabalho que
precisa ser efetuado.
É necessário que a ordem tenha número e data, a qual é colocada antes do nome de quem assina, com indicação do cargo.
Veja um exemplo:
É necessário que a ordem tenha número e data, a qual é colocada antes do nome de quem assina, com indicação do cargo.
Veja um exemplo:
Ordem de serviço nº
01
O Departamento de Processos comunica a seus funcionários que, a partir do dia 1º do próximo mês, não haverá mais o sábado de trabalho, pois a jornada passará para 8 horas diárias, ou seja, 40 horas semanais. Certo de que não haverá dúvidas. Em 25 de janeiro de 2009. _______________________ Chefe do Departamento de Processos |
14.4.OFÍCIO
O ofício é um tipo de
documento endereçada à uma autoridade com o objetivo de comunicar um fato ou realizar
uma solicitação em caráter oficial
14.5. REQUERIMENTO
Antes de nos inteirarmos
mais do assunto em questão, seria interessante analisarmos literalmente a
palavra requerimento:
Requerimento deriva-se do verbo requerer, que, de acordo com seu sentido denotativo, significa solicitar, pedir, estar em busca de algo. E principalmente, que o pedido seja deferido, ou seja, aprovado.
Podemos fazer um requerimento a um órgão público, a um colégio, a uma faculdade, e mais a uma infinidade de outros destinatários.
É importante sabermos que o requerimento pertence à chamada Redação Técnica, pois como todo texto, o mesmo constitui-se de algumas técnicas específicas para redigi-lo.
Observemos, portanto, o modelo a seguir:
Requerimento deriva-se do verbo requerer, que, de acordo com seu sentido denotativo, significa solicitar, pedir, estar em busca de algo. E principalmente, que o pedido seja deferido, ou seja, aprovado.
Podemos fazer um requerimento a um órgão público, a um colégio, a uma faculdade, e mais a uma infinidade de outros destinatários.
É importante sabermos que o requerimento pertence à chamada Redação Técnica, pois como todo texto, o mesmo constitui-se de algumas técnicas específicas para redigi-lo.
Observemos, portanto, o modelo a seguir:
Il.mº.
SR. Diretor da Escola Estadual Dom Bosco
(Nome da pessoa que solicita o requerimento), aluna regularmente matriculada no nono ano do ensino fundamental desta escola, vem respeitosamente solicitar a V. Sª a expedição dos documentos necessários à sua transferência para outro estabelecimento de ensino. Nestes termos, pede deferimento Londrina, 04 de novembro de 2008. (Assinatura) |
Quanto à estrutura, ele
compõe-se de:
Título da autoridade - A quem se dirige o texto
Texto
# Nome do solicitante
#Identificação do solicitante
# Exposição do que se quer
Título da autoridade - A quem se dirige o texto
Texto
# Nome do solicitante
#Identificação do solicitante
# Exposição do que se quer
Fecho
#A fórmula convencional
# Local e data
#Assinatura
Observações importantes:
# Num requerimento, as expressões “abaixo-assinado”, “muito respeitosamente” e outra que já se tornaram arcaicas, devem ser abolidas.
# O nome do solicitante deve vir acompanhado de informações que o identifiquem, conforme a natureza do requerente.
# Para se fazer o pedido, pode-se usar uma das seguintes formas:
Pede a V. S.ª, Solicita a V. S.ª, Requer a V. S.ª
# As fórmulas convencionais de requerimento admitem as seguintes variações:
• Pede a aguardar de ferimento - P. e A. D.
• Termos em que pede deferimento
• Espera deferimento - E. D.
• Aguarda deferimento - A. D.
#A fórmula convencional
# Local e data
#Assinatura
Observações importantes:
# Num requerimento, as expressões “abaixo-assinado”, “muito respeitosamente” e outra que já se tornaram arcaicas, devem ser abolidas.
# O nome do solicitante deve vir acompanhado de informações que o identifiquem, conforme a natureza do requerente.
# Para se fazer o pedido, pode-se usar uma das seguintes formas:
Pede a V. S.ª, Solicita a V. S.ª, Requer a V. S.ª
# As fórmulas convencionais de requerimento admitem as seguintes variações:
• Pede a aguardar de ferimento - P. e A. D.
• Termos em que pede deferimento
• Espera deferimento - E. D.
• Aguarda deferimento - A. D.
14.6. RELATÓRIO
O relatório é utilizado nas áreas de pesquisa científica e
técnico-administrativa. Seu objetivo é informar resultados de trabalhos,
pesquisas, visitas, projetos e outros. Deve ser claro e rigorosamente completo
e fiel à realidade.
O relatório deve conter uma folha de rosto, o sumário, a sinopse, a
introdução, o desenvolvimento e as conclusões ou considerações finais,
exatamente nesta ordem. Deve ser, ainda, divido em duas partes: o relatório
parcial, que presta contas de uma parte já concluída do trabalho, e o relatório
final, no qual se descreve toda a atividade e inclui uma ideia global dos
resultados.
Há também o relatório técnico-administrativo ou científico. Este inclui
outros tipos de redação técnica, tais como descrição de objetos, narrativa de
fatos, sumário e argumentação. Entre os vários tipos de relatório
administrativo encontram-se os de rotina, de tomada de contas e o
contábil.
14.6.1. RELATÓRIO ADMINISTRATIVO
O Relatório da Administração apresenta
os principais resultados alcançados, o qual divulga informações que
possibilitam o conhecimento da Instituição, assim como seus objetivos e
políticas, em complemento às peças contábeis e notas explicativas contidas nas
Demonstrações Financeiras. O Relatório da Administração expõe um quadro
completo das posturas e do desempenho da administração na gestão e alocação dos
recursos que se encontram a ela confiados.
Modelo de relatório administrativo
RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO NATURA 2012
MENSAGEM DA PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO
Como sonhamos o futuro
Há 72 anos, o livro Brasil, um País do Futuro era
lançado em seis idiomas, apresentando um Brasil de grandes potenciais ao mundo.
Seu autor, o escritor e jornalista austríaco Stefan Zweig, atormentado pela
Segunda Guerra Mundial e por toda a insensatez daquele momento histórico, via
no Brasil as condições geográficas e culturais para o desenvolvimento de uma
sociedade mais tolerante, justa e feliz. A repercussão do livro tornou seu
título praticamente um epíteto. Para muitos, uma profecia.
As condições peculiaríssimas deste início de século
21 configuram novamente um cenário de crise global, de complexa interação entre
fenômenos econômicos, sociais e ambientais. Nesse contexto, enquanto as
economias do chamado mundo desenvolvido oscilam entre a lenta recuperação e a
agonia de políticas recessivas, acompanhamos a emergência de países como a
China, a Índia, o
México e o próprio Brasil. Terá o futuro idealizado
por Zweig finalmente saído da utopia e alcançado o presente?
Acreditamos que ainda não. Avançamos, é verdade. No
Brasil dos últimos 25 anos, a partir da promulgação da nova Constituição, da
consolidação das instituições democráticas e da estabilização da economia,
novos e múltiplos instrumentos permitiram avanços nos direitos individuais e
coletivos; e no acesso à educação, ao emprego e à renda; e na proteção
ambiental. Ao mesmo tempo, temos o dever de zelar por essas conquistas e
consolidá-las, para que outros desafios possam ser resolvidos e nossa sociedade
continue evoluindo.
Na América Latina, onde estão nossos principais mercados
de atuação, constatamos que a região vive um período de crescimento constante,
ainda que de forma heterogênea, persistindo as desigualdades sociais. Já no
âmbito global, a atual crise pode nos dar a oportunidade de fundar as bases de
um novo capitalismo que promova um modelo de desenvolvimento sustentável, justo
e inclusivo. O futuro, portanto, está em construção, e essa obra é
responsabilidade de cada um de nós, cidadãos, governos, organizações da
sociedade civil e empresas. A visão de empreender um projeto coletivo de
empresa em torno de propósitos comuns tem impulsionado a Natura ao longo do
tempo. Nossos fundamentos, baseados na busca pela qualidade das relações, têm
sido compartilhados por um universo cada vez maior de pessoas.
Em 2012, nos orgulhamos de ter atingido o melhor
patamar de nossa história na qualidade da prestação de serviço aos nossos mais
de 1,5 milhão de consultoras e consultores, com os quais dividimos riquezas e
compartilhamos sonhos, vislumbrando em cada um deles uma imensa capacidade
empreendedora, capaz de produzir soluções inovadoras para toda a sociedade.
Seguimos entusiasmados com o potencial
transformador dessa nossa rede de relações, que se expande para novas
geografias e que pode ser impulsionada e acelerada pelas novas tecnologias
digitais. Afinal, o que nos move é o desejo de transformar desafios
socioambientais em negócios inovadores; consolidar uma cultura empresarial mais
solidária e comprometida com a geração de prosperidade compartilhada; produzir
riqueza para as pessoas e para a sociedade; nos relacionar com consumidores
mais conscientes; construir a cidadania; e ampliar a qualidade de vida.
Entendemos que, como sociedade, ainda temos um
longo caminho pela frente até que se consiga difundir, de forma ampla, a consciência
de que somos todos interdependentes e que provocamos, com nossas decisões
individuais e coletivas, impactos relevantes sobre o nosso habitat. Essa
consciência disseminada é, ao nosso ver, a chave para colocar nossa
criatividade, nossos conhecimentos e tecnologias a serviço do redesenho de
nosso modo de vida futuro.
Portanto, acreditamos que as qualidades valorizadas
por tantos e que originaram a apologia de
Zweig para o Brasil merecem uma releitura, um
ampliado entendimento do que deveria constituir os fundamentos de uma nova
sociedade global. Por isso, no momento em que agradecemos a todos que
contribuíram para os bons resultados de 2012, reafirmamos o compromisso de
atuar lado a lado com nossa rede de relações para avançarmos na construção desse
futuro.
Com a amizade de
Antonio Luiz da Cunha Seabra
Guilherme Peirão Leal
Pedro Luiz Barreiros Passos
Copresidentes do Conselho de Administração
14.6.2. RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO
É o documento original pelo qual se faz
a difusão da informação corrente, sendo ainda o registro permanente da
informações obtidas. É elaborado principalmente para descrever experiências,
investigações, processos, métodos e análises.
Geralmente a
elaboração do relatório passa pelas seguintes fases:
a) plano
inicial: determinação da origem, preparação do relatório e do
programa de seu desenvolvimento;
b) coleta
e organização do material: durante a execução do trabalho, é feita
a coleta, a ordenção e o armazenamento do material necessário ao
desenvolvimento do relatório.
c) redação: recomenda-se
uma revisão crítica do relatório, considerando-se os seguintes aspectos:
redação (conteúdo e estilo), següência das informações, apresentação gráfica e
física
ESTRUTURA DO RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO
Os
relatórios técnico-científicos constituem-se dos seguintes elementos:
Capa
Deve conter
os seguintes elementos:
·
Nome da organização responsável, com subordinação até o nível da
autoria;
·
Título;
·
Subtítulo se houver;
·
Local;
·
Ano de publicação, em algarismo arábico.
Falsa folha de rosto
Precede a
folha de rosto. Deve conter apenas o título do relatório.
Verso da falsa folha de rosto
Nesta folha
elabora-se padronizadamente, a "Ficha catalógráfica" (solicite
auxílio ao Bibliotecário da sua área, para a confecção da mesma).
Lista de
erros tipográficos ou de outra natureza, com as devidas correções e indicação
das páginas e linhas em que aparecem. É geralmente impressa em papel avulso ou
encartado, que se anexa ao relatório depois de impresso.
Folha de
rosto
É a fonte
principal de identificação do relatório, devendo conter os seguintes elementos:
a) nome da
organização responsável, com subordinação até o nível de autoria;
b) título;
c) subtítulo, se houver;
d) nome do responsável pela elaboração do relatório;
e) local;
f) ano da publicaçào em algarismos arábicos
b) título;
c) subtítulo, se houver;
d) nome do responsável pela elaboração do relatório;
e) local;
f) ano da publicaçào em algarismos arábicos
Sumário
Denominado Contents em
inglês, Table des Metières em francês, Contenido em
espanhol, é a relação dos capítulos e seções no trabalho, na ordem em que
aparecem. Não deve ser confundido com:
a) índice:
relação detalhada dos assuntos, nomes de pessoas, nomes geográficos e outros,
geralmente em ordem alfabético;
b) resumo:
apresentação concisa do texto, destacando os aspectos de maior interesse e
importância;
c) listas:
é a enumeração de apresentação de dados e informação (gráficos, mapas, tabelas)
utilizados no trabalho.
Listas de tabelas, ilustrações, abreviaturas,
siglas e símbolos
Listas de
tabelas e listas de ilustrações são as relações das das tabelas e ilustrações
na ordem em que aparecem no texto.
As listas têm apresentação similar a do sumário. Quando pouco extensas, as listas podem figurar sequencialmente na mesma página.
As listas têm apresentação similar a do sumário. Quando pouco extensas, as listas podem figurar sequencialmente na mesma página.
Resumo
Denominado Resumé em
francês, Abstracts em inglês, Resumen em
espanhol, é a apresentação concisa do texto, destacando os aspectos de maior
importância e interesse. Não deve ser confundido comSumário, que é uma lista
dos capítulos e seções. No sumário, o conteúdo é descrito pôr títulos e
subtítulos, enquanto no resumo, que é uma
síntese, o conteúdo é apresentado em forma de texto reduzido.
Texto
Parte do
relatório em que o assunto é apresentado e desenvolvido. Conforme sua
finalidade, o relatório é estruturado de maneira distinta.
O texto dos relatórios técnico-científicos contém as seguintes seções fundamentais:
O texto dos relatórios técnico-científicos contém as seguintes seções fundamentais:
a) introdução: parte em que o assunto é
apresentado como um todo, sem detalhes.
b) desenvolvimento: parte mais extensa e visa a
comunicar os resultados obtidos.
c) resultados e conclusões: consistem na recapitulação sintética
dos resultados obtidos, ressaltando o alcance e as conseqüências do estudo.
d) recomendações: contêm as ações a serem
adotadas, as modificações a serem feitas, os acréscimos ou supressões de etapas
nas atividades.
Anexo (ou
Apêndice)
É a matéria
suplementar, tal como leis, questionários, estatísticas, que se acrescenta a um
relatório como esclarecimento ou documentação, sem dele constituir parte
essencial. Os anexos são enumerados com algarismos arábicos, seguidos do
título.
Ex.: ANEXO 1 -
FOTOGRAFIAS
...... ANEXO 2 - QUESTIONÁRIOS
...... ANEXO 2 - QUESTIONÁRIOS
A paginação
dos anexos deve continuar a do texto. Sua localização é no final da obra.
Referências
bibliográficas
São a
relação das fontes bibliográficas utilizadas pelo autor. Todas as obras citadas
no texto deverão obrigatoriamente figurar nas referências bibliográficas.
A padronização das referências é seguida de acordo com a NBR-6023/ago.1989 da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técncias. Algumas pessoas, utilizam as normas americanas da APA - American Psychological Association, diferenciando-se uma da outra em alguns aspectos da estruturação.
A padronização das referências é seguida de acordo com a NBR-6023/ago.1989 da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técncias. Algumas pessoas, utilizam as normas americanas da APA - American Psychological Association, diferenciando-se uma da outra em alguns aspectos da estruturação.
Modo de
organização física e visual de um trabalho, levando-se em consideração, entre
outros aspectos, estrutura, formatos, uso de tipos e paginação.
Negrito,
grifo ou itálico
São
empregados para:
a) palavras
e frases em língua estrangeira;
b) títulos de livros e periódicos;
c) expressões de referência como ver, vide;
d) letras ou palavras que mereçam destaque ou ênfase, quando não seja possível dar esse realce pela redação;
e) nomes de espécies em botânica, zoologia (nesse caso não se usa negrito);
f) os títulos de capítulos (nesse caso não se usa itálico).
b) títulos de livros e periódicos;
c) expressões de referência como ver, vide;
d) letras ou palavras que mereçam destaque ou ênfase, quando não seja possível dar esse realce pela redação;
e) nomes de espécies em botânica, zoologia (nesse caso não se usa negrito);
f) os títulos de capítulos (nesse caso não se usa itálico).
Medidas de
formatação do relatório
- Margem superior:............ 2,5 cm
- Margem inferior:.............. 2,5 cm
- Margem direita:............... 2,5 cm
- Margem esquerda:............3,5 cm
- Entre linhas (espaço):........1,5 cm
- Tipo de letra..................... Times New
Roman ou uutro tipo de letra serifada(1)
- Tamanho de fonte:............12
- Formato de papel:.............A4 (210 X 297 mm)
·
Deixamos neste trabalho sugestões para procedimentos na apresentação de
trabalhos técnico-científicos, principalmente o Relatório.
Entre os trabalhos publicados existentes na área, a divulgação deste roteiro ou manual, incorpora-se ao mundo eletrônico da Internet, o que vem possibilitar o acesso à consulta e até mesmo impressão de cópias, auxiliando aos iniciantes e veteranos pesquisadores, no aperfeiçoamento da padronização de seus relatórios, aproximando-se ao formato padrão exigido e aplicado na área de Metodologia da Pesquisa Científica.
De outra forma, encontramos dificuldade na apresentação padronizada dos documentos extraídos da Internet que necessitam de tratamento bibliográfico obedecendo aos padrões pré-estabelecidos, como os citados anteriormente, ABNT e APA.
Buscando facilitar, colocamos sites disponíveis na Internet que favorecem a organização das referências bibliográficas junto a cada tipo de documento indicado na pesquisa (principalmente os eletrônicos) e que não são indicados em manuais impressos.
Finalizando, pretendemos conforme as possibilidades, disponibilizar todas as fontes de informação para elaboração de trabalhos acadêmicos, em formato eletrônico pela Internet.
Entre os trabalhos publicados existentes na área, a divulgação deste roteiro ou manual, incorpora-se ao mundo eletrônico da Internet, o que vem possibilitar o acesso à consulta e até mesmo impressão de cópias, auxiliando aos iniciantes e veteranos pesquisadores, no aperfeiçoamento da padronização de seus relatórios, aproximando-se ao formato padrão exigido e aplicado na área de Metodologia da Pesquisa Científica.
De outra forma, encontramos dificuldade na apresentação padronizada dos documentos extraídos da Internet que necessitam de tratamento bibliográfico obedecendo aos padrões pré-estabelecidos, como os citados anteriormente, ABNT e APA.
Buscando facilitar, colocamos sites disponíveis na Internet que favorecem a organização das referências bibliográficas junto a cada tipo de documento indicado na pesquisa (principalmente os eletrônicos) e que não são indicados em manuais impressos.
Finalizando, pretendemos conforme as possibilidades, disponibilizar todas as fontes de informação para elaboração de trabalhos acadêmicos, em formato eletrônico pela Internet.
14.7.CARTA COMERCIAL
A carta
comercial, também chamada de correspondência técnica, é um documento com
objetivo de se fazer uma comunicação comercial, empresarial.
A redação comercial tem como características comuns:
a) clareza: o texto, além de ser claro, deve ser objetivo, como forma de evitar múltiplas interpretações, o que prejudica os comunicados e negócios.
b) estética: a fim de causar boa impressão, o texto deve estar bem organizado e dentro da estruturação cabível. Não pode haver rasuras ou “sujeiras” impregnadas ao papel.
c) linguagem: seja conciso e objetivo: passe as informações necessárias, sem ficar usufruindo de recursos estilísticos. Seja impessoal, ou seja, não faça uso da subjetividade e de sentimentalismo. E por fim, escreva com simplicidade, mas observando a norma culta da língua.
É muito importante que haja correção, pois um possível equívoco pode gerar desentendimento entre as partes e possíveis prejuízos de ordem financeira.
Como fazer uma carta comercial? Vejamos a estrutura que deve ser seguida:
1º passo: O papel deve ter o timbre e/ou cabeçalho, com as informações necessárias (nome, endereço, logotipo da empresa). Normalmente, já vem impresso.
2º passo: Coloque o nome da localidade e data à esquerda e abaixo do timbre. Coloque vírgula depois do nome da cidade! O mês deve vir em letra minúscula, o ano dever vir junto (2008), sem ponto ou espaço. Use ponto final após a data.
3º passo: Escreva o nome e o endereço do destinatário à esquerda e abaixo da localidade e data.
4º passo: Coloque um vocativo impessoal: Prezado(s) Senhor(Senhores), Caro cliente, Senhor diretor, Senhor Gerente, etc.
5º passo: Inicie o texto fazendo referência ao assunto, tais como: “Com relação a...”, “Em atenção à carta enviada..”, “Em atenção ao anúncio publicado...”, “Atendendo à solicitação...”, “Em cumprimento a...”, “Com relação ao pedido...”, “Solicito que...”, “Confirmamos o recebimento”, dentre outras.
Observação: Evite iniciar com “Através desta”, “Solicito através desta”, “Pela presente” e similares, pois são expressões pleonásticas, uma vez que está claro que o meio de comunicação adotado é a carta.
6º passo: Exponha o texto, como dito anteriormente, de forma clara e objetiva. Pode-se fazer abreviações do pronome de tratamento ao referir-se ao destinatário: V.Sª.; V. Exa.; Exmo.; Sr.; etc.
7º passo: Corresponde ao fecho da carta, o qual é o encerramento da mesma. Despeça-se em tom amigável: Cordialmente, Atenciosamente, Respeitosamente, Com elevado apreço, Saudações cordiais, etc.
Observação: Evite terminar a carta anunciando tal fato (Termino esta) ou de forma muito direta (Sem mais para o momento, despeço-me).
Modelo de carta comercial
A redação comercial tem como características comuns:
a) clareza: o texto, além de ser claro, deve ser objetivo, como forma de evitar múltiplas interpretações, o que prejudica os comunicados e negócios.
b) estética: a fim de causar boa impressão, o texto deve estar bem organizado e dentro da estruturação cabível. Não pode haver rasuras ou “sujeiras” impregnadas ao papel.
c) linguagem: seja conciso e objetivo: passe as informações necessárias, sem ficar usufruindo de recursos estilísticos. Seja impessoal, ou seja, não faça uso da subjetividade e de sentimentalismo. E por fim, escreva com simplicidade, mas observando a norma culta da língua.
É muito importante que haja correção, pois um possível equívoco pode gerar desentendimento entre as partes e possíveis prejuízos de ordem financeira.
Como fazer uma carta comercial? Vejamos a estrutura que deve ser seguida:
1º passo: O papel deve ter o timbre e/ou cabeçalho, com as informações necessárias (nome, endereço, logotipo da empresa). Normalmente, já vem impresso.
2º passo: Coloque o nome da localidade e data à esquerda e abaixo do timbre. Coloque vírgula depois do nome da cidade! O mês deve vir em letra minúscula, o ano dever vir junto (2008), sem ponto ou espaço. Use ponto final após a data.
3º passo: Escreva o nome e o endereço do destinatário à esquerda e abaixo da localidade e data.
4º passo: Coloque um vocativo impessoal: Prezado(s) Senhor(Senhores), Caro cliente, Senhor diretor, Senhor Gerente, etc.
5º passo: Inicie o texto fazendo referência ao assunto, tais como: “Com relação a...”, “Em atenção à carta enviada..”, “Em atenção ao anúncio publicado...”, “Atendendo à solicitação...”, “Em cumprimento a...”, “Com relação ao pedido...”, “Solicito que...”, “Confirmamos o recebimento”, dentre outras.
Observação: Evite iniciar com “Através desta”, “Solicito através desta”, “Pela presente” e similares, pois são expressões pleonásticas, uma vez que está claro que o meio de comunicação adotado é a carta.
6º passo: Exponha o texto, como dito anteriormente, de forma clara e objetiva. Pode-se fazer abreviações do pronome de tratamento ao referir-se ao destinatário: V.Sª.; V. Exa.; Exmo.; Sr.; etc.
7º passo: Corresponde ao fecho da carta, o qual é o encerramento da mesma. Despeça-se em tom amigável: Cordialmente, Atenciosamente, Respeitosamente, Com elevado apreço, Saudações cordiais, etc.
Observação: Evite terminar a carta anunciando tal fato (Termino esta) ou de forma muito direta (Sem mais para o momento, despeço-me).
Modelo de carta comercial
Loja da
Maria
Maria e Cia.
Ltda.
Comércio de utensílios Av. João, 1000 Goiânia – GO
Goiânia,
03 de março de 2008.
Ao diretor Joaquim Silva Rua das Amendoeiras, 600 Belo Horizonte – MG
Prezado
Senhor:
Confirmamos ter recebido uma reivindicação de depósito no valor três mil reais referente ao mês de fevereiro. Informamo-lhe que o referido valor foi depositado no dia 1º de março, na agência 0003, conta corrente 3225, Banco dos empresários. Por favor, pedimos que o Sr. verifique o extrato e nos comunique o pagamento. Pedimos escusas por não termos feito o depósito anteriormente, mas não tínhamos ainda a nova conta bancária.
Nada mais havendo, reafirmamos os nossos protestos de elevada estima e
consideração.
Atenciosamente,
Amélia
Sousa
Gerente comercial |
14.8. ATA
É um documento, normalmente escrito à mão num livro com as folhas
numeradas, e que descreve todos os factos assinaláveis dessa reunião. Deverá
ser assinada pelos participantes. Fundamentalmente escrevem-se os pontos da
ordem de trabalhos e as deliberações votadas. Obedece ao principio da
publicidade. Dar conhecimento público das deliberações de uma sociedade.
Direito Comercial
Para evitar qualquer
modificação posterior a ata deve ser redigida de tal maneira que isso não seja
possível:
- sem parágrafos ou
alíneas, ocupando todo o espaço da página;
- sem abreviaturas;
- números escritos por extenso;
- sem rasuras nem emendas;
- sem uso de corretivo
- com verbo no tempo pretérito perfeito do indicativo;
- com verbo de elocução para registrar as diferentes opiniões.
Se o relator cometer um erro, deve empregar a partícula retificativa “digo”, como neste exemplo: “Aos dezesseis dias do mês de julho, digo, de junho, de dois mil e cinco…”
- sem abreviaturas;
- números escritos por extenso;
- sem rasuras nem emendas;
- sem uso de corretivo
- com verbo no tempo pretérito perfeito do indicativo;
- com verbo de elocução para registrar as diferentes opiniões.
Se o relator cometer um erro, deve empregar a partícula retificativa “digo”, como neste exemplo: “Aos dezesseis dias do mês de julho, digo, de junho, de dois mil e cinco…”
Quando se constatar erro
ou omissão depois de lavrada a ata, usa-se em tempo: “Em tempo: Onde se lê
julho, leia-se junho”.
Veja a seguir um modelo
de ata:
1. Título da Reunião:
2. Cidade, dd de mm de aaaa das hh:mm as hh:mm:
3. Local:
4. Introdução: Descrição do título do evento, local, data, hora, participantes
5. Participantes: Nome completo/Instituição
6. Agenda: Agenda/pauta da reunião: temas tratados e respectivos responsáveis
7. Desenvolvimento: Descrição dos principais temas discutidos na reunião
8. Conclusões: Descrição das conclusões e decisões provenientes da reunião
9. Recomendações: Descrição das recomendações provenientes da reunião
10. Distribuição: Pessoas a quem a ata deve ser enviada
2. Cidade, dd de mm de aaaa das hh:mm as hh:mm:
3. Local:
4. Introdução: Descrição do título do evento, local, data, hora, participantes
5. Participantes: Nome completo/Instituição
6. Agenda: Agenda/pauta da reunião: temas tratados e respectivos responsáveis
7. Desenvolvimento: Descrição dos principais temas discutidos na reunião
8. Conclusões: Descrição das conclusões e decisões provenientes da reunião
9. Recomendações: Descrição das recomendações provenientes da reunião
10. Distribuição: Pessoas a quem a ata deve ser enviada
15. ADEQUAÇÃO VOCABULAR
Expressão, ou seja, domínio da norma culta da Língua Portuguesa e de
suas estruturas (adequação vocabular, ortografia, morfologia, sintaxe e
pontuação).
15.1.TÓPICO FRASAL
O uso do
tópico frasal em um parágrafo funciona como uma frase-núcleo, uma frase que
resume todo o pensamento que será desenvolvido no corpo do parágrafo. Se no
desenvolvimento, surgirem ideias que não estejam na frase inicial, é melhor o
redator mudar de parágrafo.
O parágrafo
deve apresentar unidade de composição, nele deve ser desenvolvida uma ideia
central a que se juntam outras secundárias, mas relacionadas pelo sentido.
Como
garantia da exposição das ideias devemos traçar os limites do parágrafo, pois a
idéia central do que vai se expor, em uma sequência de orações, é recomendado
para todos os redatores de carta comercial.
1 - O tópico
frasal não deve ser genérico e sim específico.
Genérico:
Enviamos grande quantidade de mercadorias que somam enorme montante de
dinheiro.
Específico:
Enviamos dez dúzias de sabonete X, cinco dúzia de colônias y, mercadorias que
somam R$ 900,00.
2 – Deve ser pormenorizado.
Sem
pormenores: Enviamos um cheque há muito tempo
Com
pormenores: Enviamos o cheque n° ----, no dia 17 de outubro, no valor de R$
200,00.
15.2. ARGUMENTAÇÃO E OPINIÃO
Se no tópico
frasal se argumentou com fatos, há possibilidade de convencer o leitor a
estimulá-lo a continuar na leitura.
É necessário
saber distinguir opinião de argumentação.
Opinião: é o
modo pessoal de ver os fatos.
Não
aceitamos tal mercadoria por está muito feia.
Argumento: é
o raciocínio pelo qual se tira uma consequência ou dedução.
Não
aceitamos os chuveiros elétricos e as torneiras que nos foram enviados por
apresentarem defeitos. Aqueles chegaram amassados, estas com as roscas espanadas.
(argumentação: a declaração envolve fatos.).
15.3. PRECISÃO VOCABULAR
O redator de
cartas comerciais, deve empregar o termo exato no lugar certo, evitando, assim,
palavras pouco conhecidas.
15.4.CONCISÃO
Pensamento
conciso é resultado de reflexão.
A mensagem
bem elaborada precisa ser bem pensada, bem elaborada, sem palavras repetidas,
ecos e cacofonias.
Tem que ser
revisada, corrigida, reescrita.
É preciso
ter cuidado com os cortes para que a mensagem não fique destituída de conteúdo,
seca, grosseira.
Mas é
necessário e cuidar para que não tenha um palavreado que nada acrescenta,
adjetivos que enfraquecem o conteúdo das ideias, enfraquecendo a leitura.
A concisão
traz clareza e correção à frase.
"Quem
muito escreve, corre o risco de errar mais".
16. PROBLEMAS COMUNS NA CORRESPONDÊNCIA
Para escrever e
convencer, devemos ter:
·
uma
redação eficaz;
·
escrever
bem;
·
redigir
corretamente, respeitando a gramática (evitando erros grosseiros de ortografia,
acentuação, crase, pontuação, concordância verbal e nominal).
·
escrever
com clareza;
·
expor
com habilidade um pensamento, sem deixar o receptor com dúvidas.
·
expressões
elegantes, educadas e gentis.
16.1. REPETIÇÕES DE IDEIAS, PALAVRAS, VERBOS
AUXILIARES.
Entre os problemas
comuns na correspondência, um deles está relacionado com a repetição de ideias
e de palavras. Podemos resolver isso, fazendo uma leitura atenta em todas as
cartas antes de enviá-las, para evitar a repetição de ideias e trocar as
palavras repetidas por sinônimos.
16.2.VACUIDADE DAS EXPRESSÕES
Na redação de modo geral, há entraves que prejudicam a clareza do texto
e a eficiência da mensagem. Entre eles, destacam-se a pressa e a falta de
reflexão, que geram constantes buscas de palavras imprecisa para tapar qualquer
buraco na mensagem. Essas expressões que pouco ou nada acrescentam à mensagem,
e por isso, podem ser eliminadas.
Um texto bem escrito, em geral, valoriza os substantivos e os verbos e
economiza adjetivos e advérbios, bem como em clichês, lugares-comuns e frases
feitas.
16.3. PROLIXIDADE
Cartas comerciais não devem ser escritas com muitas palavras. Devem-se
evitar as palavras supérfluas, como por exemplo: adjetivos, advérbios, os
verbos auxiliares.
Devemos usar
palavras específicas, pertinentes ao assunto, com verbo no imperativo,
evitando-se sempre que puder, a voz passiva.
16.4. PLEONASMO
O pleonasmo transmite ao receptor a ideia de desleixo com a elaboração
da mensagem.
Em geral,
ele é resultado da pressa, da falta de rascunho, da ausência de correção.
Nesse caso,
o emissor corre o risco de produzir uma mensagem que não atinja o objetivo, e
portanto, não haverá comunicação.
16.5. AFETAÇÕES, COLOCAÇÕES EXAGERADAS.
As afetações e colocações
exageradas, às vezes até contrárias a verdade, devem ser evitadas. Pois, além
de hipócritas, não se justificam em uma mensagem comercial, que deve ser bem
escrita, contundente, verdadeira.
16.6.GÍRIAS
A gíria é um outro obstáculo na redação comercial que o redator deve
transpor. Em virtude de o vocabulário das pessoas de pouca escolaridade ter
sido reduzido a algumas dezenas de palavras e a um punhado de expressões, a
tendência agora, é redigir cartas com três linhas no máximo. Não é somente a
falta de tempo, é a falta de reflexão para elaborar uma mensagem capaz de
atingir o alvo. Pois são cartas sem nenhuma argumentação, que não levam a lugar
nenhum.
Expressões de gíria podem ser admitidas entre jovens em conversas de
grupos, em momentos de descontração, mas jamais podem ser admitidas em relações
comerciais.
A linguagem adequada às cartas que transitam entre empresas é a mais
gramatical possível.
16.7. ESTRANGEIRISMO
Na linguagem técnica,
quando não se dispõe em português de termos apropriados, se justifica o uso de
palavras estrangeiras.
16.8. LACONISMO
O laconismo carência
de palavras ou estilo telegráfico) tem contribuído à perda de tempo e
ineficácia da correspondência moderna. Em muitos casos, é fonte de equívocos, ambigüidades,
incompreensão, perplexidade. Levando a discussões ociosas que seriam evitadas.
16.9. Empolgação
A linguagem polixa, repleta
de pleonasmos viciosos, redundâncias, perífrases intermináveis, abundante de
figuras de linguagens, que não arrola fatos, mas apenas externa opiniões, não
corresponde à finalidade da redação comercial.
16.9. EXPRESSÕES ANTIQUADAS (ARCAÍSMO)
Arcaísmo é uma palavra ou uma expressão antiga que já caiu em
desuso. Podemos falar em arcaísmos linguísticos
e em arcaísmos literários.
Arcaísmo linguístico é aquele encontrado no
uso da língua em determinado local, onde há traços fonéticos, morfológicos,
sintáticos e léxicos que são conservadores e antigos na língua.
Já Arcaísmo
literário é aquele encontrado nas obras literárias, usados frequentemente como
um recurso de estilo para tornar o texto mais solene, culto, decadente, etc. Eles
consistem no uso de expressões típicas da época à qual o texto literário se
refere, mas que já não são mais usadas na no momento em que o texto foi
escrito. Quando se fala de um texto naturalmente antigo, portanto, os arcaísmos
encontrado não são propositais, pois são expressões próprias da época em que o
mesmo foi escrito
Quando falamos em linguagem técnica ou
científica, o arcaísmo consiste em uma construção que já caiu em desuso, e que,
portanto, prejudica a compreensão do texto. O costume de empregar no texto
expressões antiquadas deve ser evitado, pois pode comprometer a clareza do
texto para um leitor que não tenha os conhecimentos históricos
necessários para recuperar o significado de tais termos.
Palavras que hoje são usuais para nós, no
futuro fatalmente se tornarão arcaísmos, e os que hoje existem, antigamente
foram palavras usuais. Isso acontece naturalmente devido ao processo de
evolução da língua, devido a ela modificada pelos próprios falantes ao longo do
tempo.
Podemos facilmente perceber algumas palavras
que hoje são ainda utilizadas, mas que devido ao seu uso estar diminuindo cada
vez mais, são certamente futuros arcaísmos. São exemplos desse fenômeno:
·
O pronome vós (2ª
pessoa do singular), que está sendo substituído pelo pronome de tratamento
vocês.
·
A mesóclise do
pronome oblíquo (far-se-á, levantar-nos-emos).
·
O pretérito mais
que perfeito (amara, fizera, partira).
Vejamos
outros exemplos de arcaísmos:
·
Ceroula (cueca)
·
Vosmecê (você)
·
Outrossim (também)
·
Quiçá (talvez)
·
À guisa de (à
maneira de)
·
Apalermado (bobo)
·
Magote (grande
quantidade)
OBS: apesar
de serem termos ultrapassados, a grande maioria dos arcaísmos são
dicionarizados, ou seja, em caso de dúvida no significado, sempre podemos
recorrer a um bom dicionário.
II - REFERÊNCIAS
José de
Nicola, Ernani Terra; 1001 Dúvidas de Português; Editora Saraiva; 2ª Edição
http://resumoulisses.blogspot.com.br/2011/06/portugues-1-linguagem-comunicacao-e.html
http://www.brasilescola.com/gramatica/variacoes-linguisticas.htm
http://www.coladaweb.com/portugues/textos-literarios-e-nao-literarios
http://www.brasilescola.com/gramatica/funcoes-linguagem.htm
http://alunoesperto.com/o-segredos-da-redacao-empresarial
http://www.brasilescola.com/redacao/carta-comercial.htm
http://www.mundovestibular.com.br/articles/1262/1/Tecnicas-de-Redacao---Narracao-Descricao-e-Dissertacao/Paacutegina1.html
http://redafacil.blogspot.com.br/2010/01/7-descricao-tecnica-o-relatorio-e-o.html